As declarações foram proferidas hoje, no parlamento, no arranque da sessão sobre “Descentralização e Desenvolvimento Local”. Na sua intervenção, o líder do Grupo Parlamentar do PAICV, Rui Semedo, apontou aquilo que o partido entende ser o poder local e uma descentralização transparente.
“Poder local, para nós, tem que significar desenvolvimento local. O desenvolvimento local tem que significar inclusão, oportunidade para todos, não discriminação do cidadão e geração de riquezas para o empoderamento das comunidades. Somos defensores de uma nova largada de descentralização, acompanhada de mais recursos financeiros, mas com garantias de regularidade, estabilidade, previsibilidade, para também termos uma fiscalização rigorosa e prestação de contas com transparência e envolvimento de todos os munícipes”, defende.
A UCID entende que a descentralização é um ganho para o país, mas que ainda há um longo caminho a percorrer, que deverá dar uma atenção especial no cidadão. António Monteiro declara que a descentralização deve rimar com apoio às populações, principalmente às mais carenciadas.
“Na prática não é isso que acontece. Infelizmente continuamos ainda a segregar as pessoas em função da cor política que defendem. Isso é um grande atraso e deve ser um assunto a ser debatido a fundo para podermos, na descentralização, tirar o maior ganho para ajudar aqueles que mais precisam”, entende.
Do lado do MpD, a líder parlamentar Joana Rosa diz que a descentralização é hoje um dos maiores ganhos da democracia cabo-verdiana. A deputada fala num poder local democrático e com uma nova atitude.
“Hoje sim, podemos falar num poder local democrático. Hoje sim, podemos falar na descentralização e na necessidade de o país apostar na regionalização. Hoje sim, podemos falar num poder local que aposte no desenvolvimento local e na valorização dos activos de cada município e coloca o poder político local ao serviço das populações. As coisas mudaram, e convida-se aqueles que teimam em não reconhecer o quão importante é o poder local a mudar de atitude”, considera.
Joana Rosa diz que o Governo é amigo do poder local e que os municípios vivem uma nova era de diálogo político.