A líder da central sindical, Joaquina Almeida, refere que o Orçamento do Estado para 2022 prevê um aumento do PIB de 3,5% a 6% e uma taxa de inflação de 1,5% a 2%.
A sindicalista falava hoje aos jornalistas, sobre as decisões saídas da reunião do Conselho de Concertação Social que decorreu ontem na cidade da praia.
“O Governo alega que não tem recursos para o aumento salarial. A UNTC-CS rebateu o Governo e apresentou uma outra proposta de redução da carga fiscal dos trabalhadores, o IRPS e o aumento do mínimo de existência de 35 mil para 50 mil escudos. Com esse Orçamento de Estado para 2022, o PCCS da Administração Pública vai continuar congelado”, explica.
Joaquina Almeida avança que o Orçamento do Estado para 2022 prevê a criação de cerca de 10 mil empregos, que no seu entender é ilusório tendo em conta que, segundo diz, são a recuperação dos empregos perdidos no quadro do COVID/19.
A Secretária Geral da UNTC-CS apoia a continuidade do lay-off, mas defende que deve ser para todas as empresas em dificuldades e não apenas para o sector do turismo.
"Qualquer medida que o governo tomar não pode discriminar as empresas, todas estão em dificuldades, algumas estão encerradas, e tomando uma medida discriminatória, quem sofre as consequências são os trabalhadores, que serão despedidos, e passarão a ter dificuldades, por isso, nós defendemos a nossa posição de que todas as empresas em dificuldades, que cumpram os requisitos devem ter direito ao lay-off ", avança.
O Orçamento de Estado para 2022, deverá rondar os 72 milhões de contos e prevê um crescimento económico de 6%, a criação de cerca de nove mil empregos e a redução da taxa de desemprego para 14%.
A dívida pública deve diminuir ligeiramente, passando dos actuais 156% do Produto Interno Bruto para 150,7% do PIB.