Artigos de José Fortes Lopes no nosso arquivo
(III) Amílcar Cabral e o processo da Independência de Cabo Verde: Uma Análise Crítica
As abordagens e métodos de Amílcar Cabral (A.C.) levantam questões importantes sobre a legitimidade e eficácia das suas estratégias. A sua prática e ideologia, denominadas de cabralismo, refletidas na forma como abordou a autodeterminação e a independência, assim como o futuro dos países pós-independentes, merecem uma análise crítica à luz dos princípios de autodeterminação definidos pela comunidade internacional e pelas agendas democráticas actuais.
(V) Amílcar Cabral e o Cabralismo: Análise e Conclusão
Nesta parte apresento uma análise e conclusão crítica do legado de Amílcar Cabral (A.C.) aplicado a Cabo Verde, descritos nas 3 partes publicadas sob o título Amílcar Cabral e o Cabralismo: uma perspectiva crítica. Não negando sua importância histórica e o impacto da sua liderança na luta pela independência do arquipélago, pretende-se sublinhar alguns aspectos complexos e contraditórios das propostas do cabralismo. Os desafios enfrentados por Cabo Verde pós-independência, evidenciaram o quão foi necessário encontrar soluções adaptadas às realidades locais, em vez da aplicação de modelos teóricos rígidos tal como preconizados pelo cabralismo.
(IV) O regime político de Cabo Verde pós-Independência: A presumível herdança do Cabralismo
1. O Cabralismo e a questão da “pequena burguesia colonial”
(II) Amílcar Cabral proeminente teórico marxista e panafricanista: O Cabralismo e suas consequências
Amílcar Cabral (AC), nascido em 1924 na então Guiné Portuguesa (atualmente Guiné-Bissau), é amplamente reconhecido como uma figura proeminente na luta pela independência da sua terra natal e de Cabo Verde, e também um proeminente teórico marxista e panafricanista, combinando elementos do socialismo com um forte pensamento nacionalista pan-africanista. Sua influência é marcada pelo papel fundamental que desempenhou como líder do partido africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e pelas suas contribuições teóricas nos campos acima referidos. No entanto, uma análise crítica do cabralismo, como ideologia e práticas, revela uma complexidade que frequentemente é minimizada, sobretudo nestas celebrações contemporâneas do seu legado, que ocorrem em Cabo Verde e Portugal e talvez noutras partes do mundo.
Amílcar Cabral e o Cabralismo: uma perspectiva crítica
O centenário do nascimento de Amílcar Cabral (A.C.), que ocorre este ano, tem gerado ao longo do ano uma quantidade significativa de debates e artigos de opinião, tanto em Cabo Verde como em Portugal, com as comemorações atingindo o seu auge hoje dia 12 de setembro de 2024, a data do seu nascimento. No entanto, muitos das intervenções estão enraizadas num discurso datado, e têm refletido uma visão centrada nos conceitos dos anos 60 e 70 do século passado, em vez de considerar a problemática a partir de uma perspectiva mais moderna, consentânea com os valores democráticos do século XX e XXI. As manifestações comemorativas tendem a glorificar ou a beatificar A.C., sem, no entanto, abordar as contradições e as inconsistências do cabralismo. Promover um debate mais equilibrado e crítico sobre o legado de A.C. é fundamental do ponto de vista histórico.
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