Artigos sobre Independência

Edição 1232
O 50.º aniversário da Independência de Cabo Verde deu o mote para uma entrevista a Carlos Lopes, antigo Secretário-Geral Adjunto das Nações Unidas, que faz a manchete da edição desta semana.

A Cabo Verde aos cinquenta
Poema de Saidu Bangura, professor da UNICV, para celebrar o 50.º aniversário da independência de Cabo Verde.

O sonho e o silêncio: As duas faces do 5 de Julho
A 5 de Julho de 1975, Cabo Verde tornou-se independente. A bandeira foi hasteada, o hino entoado, e nasceu um sonho colectivo de dignidade e soberania. Mas, com a liberdade, chegou também o silêncio. A mesma data que simbolizou a emancipação marcou o início de uma nova forma de dominação – interna, ideológica e centralizadora. Instalou-se um regime de partido único que reprimiu o pluralismo, silenciou o debate e reduziu a cidadania à obediência. A esperança transformou-se em vigilância, e o Estado confundiu-se com o partido. A independência celebrou a soberania, mas condicionou a liberdade. Reconhecer essa ambivalência é essencial para compreender plenamente a história de Cabo Verde.

Secretária -Geral Adjunta da ONU visita Cabo Verde pelos 50 anos de Independência
A Secretária-Geral Adjunta das Nações Unidas, Amina J. Mohammed, inicia hoje, 4 de julho, uma visita oficial a Cabo Verde, que se prolonga até dia 6, a convite do Governo, no âmbito das comemorações do 50.º aniversário da Independência nacional e dos 50 anos de cooperação entre o país e o Sistema das Nações Unidas.

Cabo Verde: 500 anos de História, 50 anos de Independência, 5 Faróis com Visão um Futuro por todos e para todos
Cabo Verde celebra, neste mês de Julho de 2025, cinquenta anos de independência. Ao celebrarmos este marco histórico, registado nos pilares da História a 5 de Julho, não falamos apenas de 50 anos, falamos de 500. Porque Cabo Verde não começou em 1975 e cinco séculos de identidade coletiva não se podem apagar num reescrever ideológico da História.

Celebrar o 5 de Julho com um olhar de esperança no futuro
Nas vésperas do feriado nacional de 5 de Julho que no corrente ano corresponde ao 50º aniversário da Independência percebe-se que as celebrações continuam subordinadas a uma narrativa única da história de Cabo Verde.

Cabo Verde recebe chefes de Estado para festa alargada dos 50 anos
Quatro chefes de Estado confirmaram presença para a festa dos 50 anos da independência de Cabo Verde que inclui um programa cultural alargado com dezenas de artistas, na sexta-feira e sábado, dia oficial das celebrações.

Cabo Verde: Entre a Memória Oficial e a Verdade Histórica
Cinquenta Anos de Independência de Cabo Verde: Por uma Revisão Crítica do Legado não democrático

Moçambique celebra hoje 50 anos de Independência
Moçambique celebra hoje a "grande festa" dos 50 anos de independência, com a cerimónia principal, em Maputo, dirigida pelo Presidente, Daniel Chapo, e com a presença de 32 chefes de Estado.

PR felicita Grão-Ducado do Luxemburgo pelo Dia Nacional
O Presidente da República, José Maria Neves, felicitou hoje o Grão-Ducado do Luxemburgo no âmbito do seu dia, celebrado no dia 23 de Junho.

Texto de apresentação do livro de José Tomaz Veiga: Cabo Verde na Encruzilhada da Independência – Memórias de um tempo conturbado (Abril a Dezembro de 1974).
Agradeço ao meu amigo Zé Tomaz pelo convite, que muito me honra, e pela oportunidade que me dá para tecer algumas considerações sobre o conteúdo do seu livro, sem dúvida, uma reflexão retrospetiva acerca do intenso processo de luta pela independência de Cabo Verde em solo pátrio, nos oito meses que se seguiram ao golpe de Estado de 25 de abril de 1974, em Portugal.

Cabo Verde e as RUP da UE: Um ensaio contra-factual sobre escolhas históricas e oportunidades perdidas
Cinco décadas após a independência, impõe-se uma reavaliação crítica das suas implicações, particularmente no que se refere à viabilidade económica e à inserção regional de Cabo Verde.

Cabo Verde e os 50 Anos da Independência: Entre Mitos, Silêncios e a Pluralidade da Memória
Uma reflexão crítica sobre a narrativa dominante e os caminhos esquecidos da história cabo-verdiana.

Cabo Verde: E se a independência total e imediata não tivesse sido o único caminho possível em 1975?
Uma hipótese contra-factual como ponto de partida

Cabo Verde, a história imposta
A propósito da rejeição de entrada de alguns estrangeiros oriundos da Nigéria pelos Serviços de Imigração e Fronteiras assistiu-se nas últimas semanas a mais uma avalanche de acusações rotulando Cabo Verde de país racista e os cabo-verdianos de racistas. Intervenções de titulares de órgãos de soberania e posicionamentos de partidos políticos serviram de pivot para as sucessivas vagas de ataque que se verificaram a partir de órgãos de comunicação social e das redes sociais.

MpD reconhece contributo de “todos os que lutaram pela independência” mas não aceita apropriação da independência
O Movimento para a Democracia (MpD) afirma que a independência de Cabo Verde é um marco histórico de todo o povo e não apenas de quem se intitula de “melhores filhos desta terra”.

PR promulga Lei que cria Comissão Nacional Organizadora das Comemorações do 50.º Aniversário da Independência
O Presidente da República, José Maria Neves, promulgou, nesta segunda-feira, 10, a Lei que estabelece a Comissão Nacional Organizadora das Comemorações do 50.º Aniversário da Independência de Cabo Verde.

Jovens adiam independência devido ao custo de vida
Aos 30 anos, muitos jovens cabo-verdianos ainda vivem com os pais – não por escolha, mas por necessidade. Estes apontam que o alto custo de vida, os baixos salários ou até mesmo o desemprego geram dificuldades em garantir habitação própria, ou alugado. Mesmo aqueles que já constituíram família enfrentam obstáculos para sair da casa dos pais, criando um cenário social onde diferentes gerações partilham o mesmo teto por mais tempo do que o esperado.

TRINTA ANOS DE INDEPENDÊNCIA: do Estado unipartidário ao Estado democrático
Texto da autoria do nacionalista cabo-verdiano e fundador da UPICV (União do Povo das Ilhas de Cabo Verde), José Leitão da Graça (já falecido), publicado em 2007, no número especial da revista Direito e Cidadania intitulado “Cabo Verde: três décadas depois”.

Independência não significa Liberdade!
No ano em que o nosso país celebra os seus cinquenta anos de independência, tornou-se relevante debater não essa classificação jurídica entre nações, mas a liberdade, um conceito mais filosófico e que encontra, muitas vezes nas leis, um entrave para ser plena. Um dos maiores lutadores pela liberdade em África no século XX foi Nelson Mandela, que sobre isso escreveu: “Ser pela liberdade não é apenas tirar as correntes de alguém, mas viver de forma que respeite e melhore a liberdade dos outros”.
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