Artigos de Paulo Veiga no nosso arquivo

Há um novo mundo do outro lado do oceano Parte I
A geografia sempre foi um protetor invisível da nossa História. Sermos uma nação de ilhas, no meio do Atlântico, entre a América, a Europa e África, permite-nos ter uma distância de segurança de muitos dos problemas do mundo, ao mesmo tempo que não estamos tão distantes que não possamos lá chegar. E se há momentos em que esta insularidade nos limita, há outros em que nos protege.

Aposta na Saúde - Um desígnio nacional
Os casamentos são para a saúde e para a doença, mas é um direito de todos que a vida seja vivida em saúde e que a doença seja o inimigo principal de uma sociedade evoluída, justa e igualitária. Desde o princípio da História que é uma prioridade das civilizações encontrar curas para doenças, tratar essas doenças e criar condições para que as suas populações cresçam saudáveis, sendo esse acesso aos cuidados de saúde um direito fundamental de todos os seres humanos e uma responsabilidade inquestionável de todos aqueles que servem a Causa Pública.

Transportes InterIlhas - A solução está no Futuro
Um dos temas com mais impacto na vida de uma Nação composta por ilhas é o transporte que as une. Pessoas e mercadorias necessitam diariamente de mobilidade, e essa dificuldade em obter soluções aumenta o isolamento e o atraso económico e social. As sociedades têm a obrigação de caminhar sempre em direção a um patamar de igualdade de oportunidades e de justiça social, e essa igualdade não existe se populações inteiras tiverem dificuldades reais de ligação a todo o território.

Independência não significa Liberdade!
No ano em que o nosso país celebra os seus cinquenta anos de independência, tornou-se relevante debater não essa classificação jurídica entre nações, mas a liberdade, um conceito mais filosófico e que encontra, muitas vezes nas leis, um entrave para ser plena. Um dos maiores lutadores pela liberdade em África no século XX foi Nelson Mandela, que sobre isso escreveu: “Ser pela liberdade não é apenas tirar as correntes de alguém, mas viver de forma que respeite e melhore a liberdade dos outros”.

Não é só uma mudança de ano
O início de um novo ano é, por definição, um recomeço, um momento de sonhos e esperanças e, acima de tudo, de novos desejos ou mudanças há anos adiadas. Entramos em 2025 com um espírito renovado de esperança, sem esquecer, no entanto, todos os desafios que este novo ano enfrenta. Se olharmos em retrospetiva, o Mundo atravessou pandemias, crises energéticas, crises inflacionistas, guerras, conflitos e mudanças políticas que se afastam para polos opostos e fazem tremer as mais otimistas das previsões.

São Nicolau - um Natal de Sodad/di Sodadi
São Nicolau foi um Bispo católico de ascendência grega e de origem italiana, e que professou a sua vida em terras da atual Turquia. Num império romano já na sua fase final, e apenas no terceiro século após Cristo, São Nicolau recebeu a autoria de alguns milagres, mas ficou para a história como um Santo que distribuía presentes.

Autárquicas 2024 - Uma oportunidade para Refundar
“Todo novo começo vem do fim de algum outro começo”. Esta frase milenar é de Sêneca, um filosofo romano quando questionado sobre o divórcio. E se num primeiro momento pode parecer estranho, é efetivamente de um divórcio que devemos falar.

O Caminho, o Destino e as Pessoas : A importância de Votar nas Autárquicas
Muitas vezes nos questionamos o que é mais importante, se a viagem ou o destino. Aproveitar cada segundo de uma aventura, ou saborear o sentimento de concretização de alcançar o objetivo. Ambas são gratificantes, mas nenhuma é tão importante quanto algo mais humano e que ganha uma dimensão única na nossa existência na Terra. O mais importante entre a viagem e o destino final é a companhia, são as pessoas, aquelas que nos acompanham e aquelas que nos tocam e a quem nós podemos mudar a vida.

Uma Visão para o Mundo – Um Sonho chamado Oceano
A Vida começou nos mares. Segundo os cientistas, as primeiras células “nasceram” nas águas deste nosso planeta, um planeta que chamamos de azul porque, na sua essência, são os mares que lhe dão forma. Nadando nessas águas, os seres humanos “habitam” um corpo onde a água é o ator principal. O nosso passado e a nossa essência estão envoltos neste líquido milagroso que nos une a todos através do Oceano.

32 Anos da Constituição (parte 2)
Há duas semanas abordei a importância da Constituição, não apenas para a implementação da democracia, mas, acima de tudo, para a defesa da liberdade e da igualdade. Mais que um instrumento democrático, é um pilar de toda uma sociedade e país.

A Constituição - o local onde todos se tornam iguais
“Um Homem, um Voto” - este foi o conceito introduzido pelos gregos de Atenas, que deu origem à Democracia. Apesar disso, a Democracia Grega não eliminou muitas das discriminações existentes na época, como a escravidão e a desigualdade de género. A evolução rumo à igualdade demorou mais de 15 séculos, até a Magna Carta ser assinada em 1215 como um primeiro passo na igualdade entre os homens e na criação de uma constituição moderna.

Educação em Cabo Verde - quando um Presidente se sente sindicalista, e os sindicalistas não se sentem professores
Quando a educação se transforma numa guerra política, as vítimas são as crianças e jovens e, portanto, destrói-se o futuro. O veto presidencial ao Plano de Carreiras, Funções e Remunerações do Pessoal Docente é, assim, um ataque às crianças e jovens e uma condenação do futuro de Cabo Verde.

Respeito & Igualdade
Aretha Franklim, marcou o imaginário do mundo ao exigir Respeito. Uma só palavra, numa voz poderosa, cantada por alguém que, à data, sentia cada nota de dor numa canção que era muito mais que uma combinação de um poema e acordes. Viviam-se tempos de descriminação, tempos onde continuavam a existir privilégios excessivos e desconsideração por toda uma população. Aretha era mulher, negra e de origens humildes. Em 1967, numa América segregada e rasgada ao meio por uma guerra traumática e infame, e onde as mulheres negras tinham conquistado o direito ao voto, apenas dois anos atrás, gritar por Respeito era muito mais que isso, era um grito de liberdade e de democracia.
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