Artigos de Paulo Veiga no nosso arquivo
32 Anos da Constituição (parte 2)
Há duas semanas abordei a importância da Constituição, não apenas para a implementação da democracia, mas, acima de tudo, para a defesa da liberdade e da igualdade. Mais que um instrumento democrático, é um pilar de toda uma sociedade e país.
A Constituição - o local onde todos se tornam iguais
“Um Homem, um Voto” - este foi o conceito introduzido pelos gregos de Atenas, que deu origem à Democracia. Apesar disso, a Democracia Grega não eliminou muitas das discriminações existentes na época, como a escravidão e a desigualdade de género. A evolução rumo à igualdade demorou mais de 15 séculos, até a Magna Carta ser assinada em 1215 como um primeiro passo na igualdade entre os homens e na criação de uma constituição moderna.
Educação em Cabo Verde - quando um Presidente se sente sindicalista, e os sindicalistas não se sentem professores
Quando a educação se transforma numa guerra política, as vítimas são as crianças e jovens e, portanto, destrói-se o futuro. O veto presidencial ao Plano de Carreiras, Funções e Remunerações do Pessoal Docente é, assim, um ataque às crianças e jovens e uma condenação do futuro de Cabo Verde.
Respeito & Igualdade
Aretha Franklim, marcou o imaginário do mundo ao exigir Respeito. Uma só palavra, numa voz poderosa, cantada por alguém que, à data, sentia cada nota de dor numa canção que era muito mais que uma combinação de um poema e acordes. Viviam-se tempos de descriminação, tempos onde continuavam a existir privilégios excessivos e desconsideração por toda uma população. Aretha era mulher, negra e de origens humildes. Em 1967, numa América segregada e rasgada ao meio por uma guerra traumática e infame, e onde as mulheres negras tinham conquistado o direito ao voto, apenas dois anos atrás, gritar por Respeito era muito mais que isso, era um grito de liberdade e de democracia.
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