Artigos de Dina Salústio no nosso arquivo

Março Solidário
Em celebração de março e a convite do projeto Semana da Mulher, promovida pelos Leitorados Brasileiros na Universidade de Cabo Verde (UNICV), na Universidade do Cabo (UCT) e na Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP), em parceria com o Grupo de Pesquisa Escritas do Corpo Feminino UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, abraço o tema: “Homenagem a uma mulher que tenha feito a diferença em suas vidas, dando um testemunho sobre ela”.

Um domingo silencioso
Como por milagre esquecem-se as velhas dores, as batalhas perdidas e os desprazeres vividos, as doenças antigas, como se a tristeza tivesse começado num dia absolutamente identificado, um ano antes.

Crónicas da Dina Salústio: Falar de Amor Sem Truques
Escrever sobre o amor é tão ou mais difícil do que vivê-lo, porque ao escritor faltam redes que o aparem numa desilusão criativa, faltam os suportes físicos e emocionais que ditem a respiração da frase, o brilho de uma tarde na folha esguia ou a subtileza necessária para que o jogo prossiga.

Crónicas da Dina Salústio : FAIDEI! FAIDEI!
Tudo à volta parece inacabado, sem perspetivas e demorado e a quase calma ou o quase silêncio apelam ao bom senso e aconselham a adiar esta crónica para o ano 2021.

Crónicas da Dina Salústio: “Las estrellas solo brillan cuando el cielo está oscuro”
Tão pequeno o mundo que fazemos que nele não cabem opiniões e perceções diferentes?

A escrita está na rua
A crónica de hoje, lembrando as mulheres-família da paragem do autocarro e pensando nas crianças, naquela criança que não podemos deixar para trás.

Nós somos as nossas memórias
Como estaríamos nesse longo período de confinamentos seguidos devido à Covid-19 se não tivéssemos memórias que nos apoiassem, recordações que nos motivassem a não desistir?

“Plantei uma árvore, tenho um filho e escrevi um livro: sou uma pessoa realizada” …A sério?
Hoje queríamos prestar homenagem às pessoas solidárias e competentes que nos fazem parte do seu mundo e fazem este país acreditar que vamos ficar bem.

DIA DE ÁFRICA Hoje eu sou uma Menina do Sudão. Parabéns África!
Para o dia de África, que se aproxima, escolhi o Sudão como bandeira para as comemorações. É certo que nestes tempos em que a pandemia da Covid-19 constitui uma ameaça generalizada, as celebrações obedecem a critérios especiais para se manifestarem.

Lentidão é Beleza
Nesta crónica, o que eu pretendo mesmo é mandar um carinho especial às mulheres e homens que se encontram na nossa terra, em ocupações e missões as mais diversas, longe dos países, dos lares e das famílias.

Vamos sobreviver
“Mantenha-se afastado dos possíveis focos de contaminação”, “Fique em casa”.

Estou nas tuas mãos
“Lavar as mãos é sinal de civilidade, de espírito comunitário, de generosidade e responsabilidade”.

O Beijo nos tempos do Coronavírus
O beijo é a atual forma mais vulgar de saudação entre os cabo-verdianos, isto é, nas mulheres entre si e entre elas e os homens. No que respeita aos homens não temos conhecimento desse hábito salvo e, raramente, entre pais e filhos – estamos a falar de adultos – em determinadas circunstâncias. Contudo, nem sempre foi assim.

RAIVA
Chego a Lisboa e rapidamente faço uns telefonemas para me situar. Aproveito para as notícias restritas, os queixumes e as vanglórias. Ao escrever esta palavra dou conta que há glorias vãs, vazias, pequenas e parvas sobretudo quando nos entregamos aos pequenos feitos – que, possivelmente, julgamos mais à nossa dimensão - e para os quais, na verdade, com nada contribuímos. Então para quê aventurarmos a cair no ridículo de forma tão pretensiosa e pobre?

Palavras de Silêncio
A noite enrolou-se à volta da árvore, reacendeu o brilho intermitente das luzes sobre o Menino Jesus do presépio e fez disparar a ansiedade do bisavô que não para entre a cozinha e as janelas e inventa serviço, sob o olhar tranquilo da esposa.

O Futuro da África para lá da Ajuda
…. Quando escrevo há duas marcas que faço questão atravessem a minha escrita: ser mulher e ser africana. Defino-me como mulher, independentemente de ter nascido menina, porque me identifico e luto ao lado das causas que defendem a equidade e o empoderamento da mulher. Defino-me como africana porque independentemente de pertencer ao continente e de ter riscado na pele a sua profunda presença, identifico-me e luto ao lado das causas que defendem o desenvolvimento e a liberdade da África.

Literaturas em Tempo de Resistência
O nosso país podia-se chamar Resistência, sim, porque para além de tudo o que o põe em contramão com outras terras é um país incrivelmente belo este que nós estamos a construir.

O Que é Cultura?
No encerramento do Festival do Livro Morabeza – 2019 participarei da conversa com a escritora americana Shauna Barbosa, cabo-verdiana descendente, moderada pela professora Eurídice Monteiro, sobre o tema “Mulher e Cultura”. Preciso de balizas e lembro o meu professor de antropologia Mesquitela Lima, dizendo que Cultura é tudo o que o Homem acrescenta à sua natureza. Nos anos setenta, ou mesmo oitenta e mais, não se associava a mulher às definições pretendidas como universais e é somente a partir da Conferência de Beijing ou muito perto deste evento que o homem, pelo menos para as Nações Unidas, deixa de representar a mulher ou, simplesmente, deixa de ser proclamado sinónimo de humanidade. Maio de 68 estava longe, mas a aprendizagem continuava.

Nós éramos todos Cesária
Olhou para mim e de repente “ninguém é de ninguém” perdeu qualquer significado: Cesária era minha. Cesária era nossa. Nós éramos todos Cesária

Os loucos da minha cidade
Na minha cidade todos, ou quase todos, somos doidos, ou quase doidos (...). Até por se fazer poesia. Ou não.
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