Artigos de Adriana Carvalho no nosso arquivo
ANAIS Revista da Academia de Estudos de Culturas Comparadas
“Há duas marcadas peculiares deste arquipélago, que interpelam sobremaneira quem esteja atento à sua problemática: Cabo Verde é um país bilingue e vive todo o tempo sob o signo da esperança, nomeadamente, espera em permanência que o dia de amanhã será melhor que o de hoje.” (João Manuel Varela, Anais, vol. 1, 1, abril 1999, p. 5).
Pensar Cabo Verde para lá da espuma dos dias
Daniel Pennac no seu livro Como um romance (1993) diz-nos que “a virtude paradoxal da leitura consiste em fazer-nos abstrair do mundo para lhe encontrarmos um sentido”. Ler o último livro do Professor Carlos Bellino Sacadura, «Uma visão ética e cultural da liberdade, democracia e sociedade aberta na perspetiva global e cabo-verdiana» (edição da Livraria Pedro Cardoso) ajuda-nos a abstrair da “espuma dos dias ou das conjunturas circunstanciais, em termos de abertura a projetos e horizontes possíveis” (vd. contracapa) e a encontrar um sentido para o presente e o futuro.
Um abalo político de grande magnitude
As minhas tardes ao longo do mês de março foram preenchidas pela leitura do livro de Maria de Lurdes Caldas, intitulado A implantação da República em Cabo Verde – Um abalo político de grande magnitude, editado pela Livraria Pedro Cardoso (2022). Foram horas bem passadas, de deleite e de estudo.
Educação Médica em Cabo Verde: Desafios
O livro intitulado Educação Médica em Cabo Verde: Desafios é a publicação mais recente do médico e professor universitário António Pedro Costa Delgado. 1 Editado em 2021, resulta da adaptação da sua tese de doutoramento em Saúde Internacional defendida no Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa.
Satyricon
A cena de abertura do livro, passada numa Escola de Retórica onde Encólpio procura impressionar o mestre-escola com um discurso de denúncia dos males do sistema educativo, motivou-me para a leitura integral da obra
[Re]cortes no Tempo: Centenário do nascimento do Professor Guilherme Chantre
Guilherme Dias Chantre nasceu em Chã de Pedras, na ilha de Santo Antão, no dia 25 de junho de 1922.¹
O Professor Antero Barros
Antero João de Barros nasceu em Mindelo no dia 23 de fevereiro de 1922, há exatamente cem anos.
Ensino Universitário Público: marcos cronológicos 1974 • 2000 • 2006 • 2019
Com esta crónica fecho o ciclo dos [Re]cortes no tempo, iniciado no dia 11 de janeiro de 2017.
A Universidade Jean Piaget celebrou os 20 anos
Em maio de 2001, o sistema educativo cabo-verdiano foi enriquecido com uma nova instituição – a Universidade Jean Piaget de Cabo Verde.
Arte de aprender e ensinar
Cumpre-se, mais uma vez em abril, o ritual de celebrar o Dia do Professor Cabo-verdiano, evocando o seu patrono Baltasar Lopes da Silva.
De tanga, porquê? - a imagética colonial -
Na Sociedade de Geografia de Lisboa, Júlio Monteiro Júnior teve acesso aos “elementos com que Portugal, como potência colonizadora, pretende figurar na próxima Exposição Colonial de Paris” (1931). Um painel, que representa a cultura da purgueira e apresenta o cabo-verdiano usando tanga, causou-lhe perplexidade e indignação.
[Re]cortes no Tempo : De Guadalupe a Cabo Verde via Paris
Tal como na ilha de Guadalupe nas Caraíbas, nas ilhas de Cabo Verde poetas e ensaístas não se quedaram indiferentes às práticas assimiladoras da escola colonial.
[Re]cortes no Tempo : “Valem mais para Cabo Verde cem emigrantes da américa que dez doutores”
Nota prévia Depois de uma pausa de meio ano retomo a escrita na coluna (Re)cortes no Tempo. Terminei com o tema “a palavra proibida” (EI, 15 de junho de 2020) e continuo no campo do interdito: a proibição da entrada de cabo-verdianos analfabetos nos Estados Unidos da América no início do século XX.
A palavra proibida
O governador de Cabo Verde António Alvares Vaz determinou, em circular de 28 de janeiro de 1927, a interdição do uso da expressão crise de fome na documentação oficial e a sua substituição porcrise de produção agrícola.
Não é a primeira vez que as escolas fecham por causa de uma calamidade
O Mundo, neste momento, está a registar um surto epidémico do chamado novo coronavírus – COVID -19. O Governo tem adotado um conjunto de medidas de cunho restritivas, porém necessárias e preparatórias, em sintonia com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), por forma a fazer face ao COVID -19.
Espaços com história VI
Percorro quase todo o edifício. Salas de aulas, amplas umas, pequenas outras, a evidenciar o aperto em que vive a colmeia, todas, porém bem arejadas e limpas – sobretudo limpas. Paredes sem «malcriadices». Carteiras sem borrões.... (…).
Espaços com história V
O nome de Augusto Vera-Cruz tinha sido apagado [após a independência] da respectiva rua¹, desde a igreja paroquial até à Rua de Camões também esta desbatizada.
Espaços com história IV
Não contávamos com arquitectos como Licínio Cruz e o jovem Óscar Niemeyer, mas tínhamos o projectista Luís Mello, o engenheiro Tito Esteves e os mestres Armando Barros, Tito Barros e Manuel ‘Nené d’Antão’ Fortes e beneficiávamos de trabalhadores que se entregaram de corpo e alma à acção para nos deixarem as marmorites que fazem do Liceu [da Praia], mais do que um simples espaço de estudo, uma obra de referência da cidade. Jorge Carlos Fonseca¹
Espaços com história III
Tu moras no sobrado que dá para o largo e vais até à Praça mais as tuas amigas enquanto a banda toca peças estafadas. O moço Poeta que de ti se enamorou um dia de-repente fugiu como uma sombra. - António Nunes
Espaços com história III
Tu moras no sobrado que dá para o largo e vais até à Praça mais as tuas amigas enquanto a banda toca peças estafadas. O moço Poeta que de ti se enamorou um dia de-repente fugiu como uma sombra. António Nunes1
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