São 1003, e não 1004, como anteriormente anunciado pelo Ministério da Saúde, os casos acumulados de COVID-19 em Cabo Verde. E são quatro e não cinco, os casos hoje registados. É que um dos três casos registados no Sal afinal era controlo de um caso activo já registado anteriormente. Ademais, hoje não se registou nenhum caso na Praia. O caso que inicialmente tinha sido registado na Praia era, rectificou-se na conferência de imprensa da tarde, de uma pessoa de São Miguel "que estava na Praia por motivos de viagem".
Durante a conferência de imprensa, o Director do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças avançou ainda que possibilidade de os pacientes positivos de COVID-19 fazerem o isolamento domiciliar está em processo de operacionalização.
"Penso que brevemente será anunciado, mas todas as condições para a sua operacionalização já estão prontas", explicou este responsável que esclareceu que, no entanto, o isolamento domiciliar não será aplicável a todas os pacientes. "As pessoas serão submetidas a avaliações médicas e a avaliação das condições sociais, de habitação e económicas. Existe uma ferramenta, um aplicativo que foi desenvolvido para facilitar essa avaliação e mediante a resposta às perguntas desse aplicativo é que dá o resultado que indicará se a pessoa tem ou não condições para fazer o isolamento domiciliar".
De acordo com os dados do Afrobarometer divulgado esta quarta-feira, a maioria dos cabo-verdianos está 'online' todos os dias. Quase metade da população (48%) possui ou teve acesso em casa a computadores, durante a pandemia da COVID-19.
Após o encerramento das escolas devido à pandemia da COVID-19, o Governo aproveitou as tecnologias como televisão, rádio, e internet para oferecer oportunidades de aprendizado remoto aos estudantes.
De acordo com o estudo, embora Cabo Verde seja classificado como o quarto país mais alfabetizado da África, este facto sugere que os cidadãos pobres e dos meios rurais podem enfrentar desafios para acessar as plataformas de e-learning disponibilizadas pelo Governo.
O XI aniversário da elevação de Cidade Velha a Património Mundial, assinalado no dia 26 deste mês, não terá a habitual recriação histórica, mas ficará marcada com alguns eventos ‘online’, conforme informou hoje à Inforpress o edil.
Por sua vez, o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente garantiu que a Cesária Évora Academia de Artes (CEAA) tem todas as condições sanitárias para retomar as aulas, após verificar se estão implementadas todas as medidas sanitárias necessárias no combate ao novo coronavírus.
“Já temos o aval positivo da Delegacia de Saúde para abrir a Academia, porque demonstramos que temos todas as condições para manter a segurança sanitária entre os alunos”, indicou.
O Governo prevê 3,5 milhões de contos para reforçar o Sistema Nacional de Saúde, através do Orçamento do Estado Rectificativo para 2020, numa aposta que passa também por parcerias público-privadas para serviços de saúde.
Em nota divulgada esta quinta-feira, a propósito das reuniões que tem mantido com vários sectores sobre o Orçamento Rectificativo, a levar ao parlamento ainda este mês, o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, afirma que o sector da saúde, nomeadamente devido aos efeitos da pandemia de COVID-19, será “a primeira prioridade do Governo” nessa proposta.
COVID-19 no Mundo
Dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla inglesa) revelam que as restrições das fronteiras relacionadas à pandemia de COVID-19, causaram escassez de oferta de drogas nas ruas, levando ao aumento de preços e pureza reduzida.
O UNODC alerta ainda que devido a pandemia, os traficantes procuram encontrar novas rotas e métodos, e as actividades de tráfico via darknet e envios por correio podem aumentar, apesar da interrupção do sistema de correio internacional.
Além do que, prossegue, a pandemia também levou à escassez de opióides, o que, por sua vez, pode resultar em pessoas indo à procura de substâncias disponíveis mais facilmente, como álcool, benzodiazepínicos ou alguma mistura com drogas sintéticas.
Por outro lado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que com 1 milhão de novos casos de Covid-19, por semana, o mundo deve precisar de 620 mil metros cúbicos de oxigénio, o equivalente a 88 mil cilindros para responder à pandemia.
A informação foi dada pelo director-geral da agência durante uma entrevista a jornalistas, nesta quarta-feira, após a publicação de estudos sobre o tratamento da doença.
Tedros Ghebreyesus contou que os pacientes graves precisam de altas concentrações de oxigénio para sobreviver.Sem esse tratamento, os casos severos da pandemia terminam comprometendo o funcionamento dos órgãos e das células e por fim, causando a morte do paciente.
Muitos países estão com dificuldade para comprar os estoques de oxigénio pela escassez no mercado e uma produção ainda tímida.
Números mundiais
Ao fim da tarde desta terça-feira, contabilizavam-se 9,627,408 casos de infecção em todo o mundo (9,436,060 ontem), 5,232,083 dos quais recuperados (5,097,085 ontem). O número de mortes é de 487,439 (481,970 ontem).
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