Com 47 novos casos registados hoje, dos quais 37 só na capital, e a que se juntam dois em Santa Cruz e oito no Sal, Cabo Verde contabiliza 2154 casos positivos acumulados. Há 999 casos activos e 1132 recuperados. O número de óbitos mantém-se nos 21.
Os efeitos da doença em Cabo Verde, tal como em qualquer outro país do mundo, fazem-se sentir não só no sector da saúde como em todos os outros sectores da sociedade. No Orçamento Rectificativo, que para a semana é discutido e votado na especialidade, foi necessário fazer cortes financeiros em várias áreas. Uma delas foi a segurança, a outra o urbanismo.
O documento orçamental prevê um corte de 6,6% na dotação inicialmente prevista para Segurança e Ordem Pública, que passa a ser de 6.320 milhões de escudos, e menos 13,1% para Habitação e Desenvolvimento Urbanístico, que baixa para 3.923 milhões de escudos.
O impacto no sector da aviação civil tem sido enorme e a Cabo Verde Airlines está hoje numa encruzilhada. Na edição impressa desta semana do Expresso das Ilhas recordamos o que disse o ministro das Finanças sobre o futuro da companhia aérea e mostramos-lhe os dados sobre o Relatório e contas da Icelandair.
Consequências também no mercado de trabalho. O Presidente da República promulgou a legislação que prolonga até final de Setembro o regime de ‘lay-off’ no sector do turismo.
Esta proposta já tinha sido aprovada no parlamento este mês, agora apenas para as empresas do sector turístico e com perdas de 40% na facturação, com proibição de despedimentos às que aderirem a este apoio estatal, segundo o Governo.
COVID-19 no mundo
Comecemos por África. Em todo o continente o número de mortos causados pela COVID-19 já ultrapassa os 15.600 em cerca de 746 mil infectados e há 396.781 pessoas recuperadas.
A África Austral regista o maior número de casos (396.609) e 5.672 mortos, a grande maioria concentrada na África do Sul, o país com mais infectados e mais mortos em todo o continente, com 381.798 casos e 5.368 vítimas mortais.
O Norte de África é a região com mais mortes (6.025), tendo 139.891 infecções.
A nível mundial, Estados Unidos, Brasil e Índia concentram mais de 7 milhões de casos confirmados de infecção e quase 255 mil mortes. Rússia, com 789.190 casos e 12.745 mortes e a África do Sul com 381.798 casos e 5.173 mortes, fecham o Top5 mundial.
Espaço ainda para a mais recente polémica a envolver os Estados Unidos da América e a China. Agora que os EUA estão fora da OMS surgiu Mike Pompeo, secretário de Estado norte-americano, a dizer que o Director Geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, se deixou ‘comprar’ pela China.
A acusação terá sido feita, segundo avançam os diários The Times e Daily Telegraph, numa reunião interdita a jornalistas.
Segundo fontes presentes nesse encontro, Pompeo disse que os erros da OMS - que classificou como uma organização política, não baseada na ciência – na luta contra a pandemia de covid-19 provocou "mortes britânicas".
"Quando as coisas começaram a mudar, no momento mais importante, quando houve uma pandemia na China, o dr. Tedros, que foi comprado pelo Governo chinês… não posso dizer mais nada, mas posso dizer, afirmo que, com base em informações sólidas, que foi alcançado um acordo por ocasião da eleição do Sr. Tedros à frente da OMS", terá dito Pompeo, segundo um relato do Daily Telegraph.
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